Os Homens cobiçam uma santa obsessão, mas nunca sabem o que estão desejando, eles começam e trilham uma jornada em busca de um prêmio mas, sempre se perdem no meio do caminho, eles lutam batalham e competem mas se esquecem do prêmio, eles plantam a semente mas se esquecem de regar e cuidar nas estações corretas, eles buscam poder, glória, satisfação e realização mas se esquecem do sentido e significado do seu propósito.
Você vai compreender qual o sentido e propósito na qual Jesus te chamou para ser um líder.
Creio seguramente que posso afirmar que 50% dos pastores têm sérias dificuldades em seus relacionamentos familiares.
Existem inúmeras razões para esta porcentagem ser tão significativa. A meu ver, uma das principais é a “santa” obsessão egoísta pela realização.
Pastores têm “casos” com seus ministérios trocando e priorizando e se esquecendo do outro lado da sua vida, sua família que sofre a consequência dessa “traição“.
Muitos pastores são bem radical com sua vida e coloca ela 100% a disposição de Deus, não estou dizendo que isso é errado pois dependemos 100% dele mesmo, o errado é erradicar a sua família e priorizar apenas o Ministério e sua Obsessão pessoal de ter um ministério grande.
Um Exemplo Bíblico Que remete à Santa Obsessão
Abraão era, sem dúvida, um grande homem de Deus. Espiritualmente sensível, atendeu e obedeceu prontamente à voz do Senhor (Gênesis 12.4). Apesar de ser muito rico, ter muito gado, prata e ouro, era financeiramente responsável e viajava sempre até o Egito por precaução, para reabastecer-se (Gênesis 12.10 e 13.2). Pessoalmente generoso, procurava ajudar e solucionar problemas de seu povo (Gênesis 13.5-9). Era protetor de sua família. Lutou por seu sobrinho Ló, libertando-o quando este foi levado cativo (Gênesis 14.12-17).
No entanto, apesar de tão ponderado e equilibrado, em uma de suas viagens de negócios ao Egito, esse homem teve uma ideia e decidiu agir de uma maneira nada louvável.
Na bíblia vemos o exemplo de Abraão abrindo mão de sua Esposa Sara em benefício próprio para poupar a sua vida e obter mais riqueza do que ele já tinha.
Pastor, tente lembrar das situação difíceis, constrangedoras, deprimentes, sacrificiais e exaustivas às quais suas esposas precisam suportar pelo simples fato de você desejar sucesso no ministério.
Talvez você esteja pensando:
“Mas o que é isso? Será que auto-realização e ambição são assim tão perniciosas, mesmo no âmbito ministerial?”
Qual é a sua ambição?
É ser pastor da maior igreja do Brasil ou o melhor pregador que este país já conheceu? Escrever um ou vários livros que se tornem best-sellers; ou ainda, quem sabe, ser tão usado por Deus na evangelização quanto Billy Graham?
Creio que todas essas ambições não são totalmente erradas. Deus quer nos dar dignidade, propósito e alegria na realização de nossa carreira.
Contudo, o segredo da satisfação e do contentamento naquilo que fazemos não é necessariamente obter o que desejamos, mas redefinir o alvo primordial que é fazer a vontade de Deus.
É muito fácil Jogar mais lenha na fogueira da sua fantasia quando você está em seu gabinete pastoral, fugindo assim, da realidade familiar, se entregando à sua “amante”, o sucesso ministerial.
Da mesma forma que a sua igreja Cresce e avança, às pessoas te considera como maravilhoso e eficiente, se torna apenas mais uma oportunidade para a sua fantasia ser mais acariciada e incentivada, tornando assim tremendamente difícil de discernir e encarar o seu ministério como um feroz adversário de sua esposa e família na luta pela sua atenção e tempo.
Mas pastor, afinal de contas, o que é na verdade o adultério? Não é a quebra dos votos do casamento e uma entrega à outra?
Talvez você tenha preparado cuidadosamente um mecanismo de justificativa bastante eficaz para acalmar sua mente quando sobrevêm pensamentos desagradáveis.
Quem sabe seja mais ou menos assim:
- Quando nos casamos, minha esposa sabia que eu seria pastor. Todo esse trabalho faz parte do “contrato”. Estou realizando a obra de Deus e é de suma importância que eu me entregue completamente a ela.
- Ao casar comigo, Deus designou minha esposa para ser minha ajudadora. Ela, então, deve cumprir seu papel.
Contudo, mesmo com todas as tentativas para se justificar, a realidade é que você é responsável pelas atitudes negativas de sua esposa. Esse é um fato imutável, pois além de ser marido, você é também pastor.
Ironicamente, muitos pastores afirmam serem leais às promessas de seu casamento enquanto buscam realizar ambições que minam e destroem seus lares. E tudo é feito em nome do ministério!
Há uma gratificação pessoal instantânea e uma alegria divina em ajudar pessoas necessitadas. Nunca é fácil dizer NÃO!
No evangelho de João capítulo 15, onde fala sobre a Videira Verdadeira a uma frase preciosa é “Sem mim, nada podeis fazer“. A segurança interior, a auto-realização, a identidade pessoal não podem ser alcançadas pelo esforço próprio de uma pessoa naquilo que ela realiza. A identidade de um ser humano está intimamente ligada à Videira Verdadeira. É necessário lembrar constantemente que sem Ele, nada podemos fazer.
Há pastores que tem entregado o que Deus não tem pedido, não fará sentido o êxito ministerial se sua família não estiver junto.
Ele deve governar bem sua própria família, tendo os filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade.
Pois, se alguém não sabe governar sua própria família, como poderá cuidar da igreja de Deus?
(1 Timóteo 3:4,5)
O que você achou sobre o assunto? Muitas das vezes precisamos de um alinhamento de Visão e perspectiva de vida. Deixe seu comentário do quão é importante esse assunto.